domingo, janeiro 20, 2008

Propaganda e Marketing

Para escrever este post terei que revelar a existência de uma sociedade secreta composta por executivos de diversos mercados e países que se reúne periodicamente para destilar planos para o domínio do mundo. É em função dessa característica Pink e Cérebro que essa sociedade foi nomeada Mini-mundo e eu me auto-proclamei Presidente Vitalício (ou Hugo Chaves) dessa sociedade.

Pois senão, foi em uma das reuniões da cúpula do mini-mundo em que surgiu um debate sócio-teológico em torno da questão “bom versus mau” da valorização. De antemão deixemos claro que a Valorização não é um fenômeno novo, algo que surgiu nos tempos modernos pós-revolução industrial ou que se limite a sociedade capitalista. Tão pouco limita-se ao convívio social humano, mas isso fica pra depois.

O ponto é que naquela reunião do MM, foi levantada, por um dos presentes a questão acima. Em um certo momento eu estava inclinado a deixar passar para não render papo sério numa reunião institucionalizada para destilar e CANAlizar ações de domínio mundial. Mas eu não tenho um autocontrole muito bom depois de alguma CANAlização e me meti na discussão (burro!).

A grande questão por traz da discussão como um todo é que o interlocutor a ocasião dizia que valorização é marketing/propaganda e que é uma grande palhaça o cara ficar fazendo propaganda das coisa que fazia.

Fato é que: Valorizar é parte do comportamento comum, é como ir ao banheiro, você sabe que depois de umas brejas, você acaba indo, não tem muito jeito. A questão da valorização é que aos poucos, algumas pessoas perceberam que utilizá-la dá resultado, traz reconhecimento. E aí começaram os abusos!

Sabe às vezes a gente valoriza de bobeira, só por que está empolgado com alguma coisa e quer compartilhar com alguém, é normal! Outras vezes a gente só está meio solitário e valoriza pra puxar papo com alguém.

Por exemplo, se você é um artista e coloca seu portfólio num site web e distribui o link do site pros seus amigos, você espera que eles visitem e divulguem seu trabalho (de preferência comentando-o no próprio site). O que você espera é que as pessoas valorizem o trabalho que você fez.

O próprio debatedor em questão é uma pessoa que tinha (não sei se ainda tem) o hábito de compartilhar por email suas realizações. Lembro de certa vez em que ele (acho que foi ele sim) refez um conector JDBC open source para aumentar a eficiência e a estabilidade do conector, com isso ele reduziu o tempo de resposta das consultas ao banco de dados em 30%. Prontamente ele mandou um email para todo mundo envolvido com o produto explicando em bits e bytes o que fora feito, como fora feito, por que fora feito e o resultado final. Comentei com ele que quando ele fazia isso, ele estava valorizando, não que fosse ruim, mas era valorização. Ele quase me bateu! Acho que ele é Valorizofóbico!

Quando uma agência faz uma nova campanha para uma marca de refrigerante e coloca um monte de gente bonita dançando, curtindo a vida e tal, ela está valorizando o produto, isso é Propaganda (de forma generalista, Marketing). Isso não quer dizer que Valorizar é fazer propaganda (só quando você valoriza profissionalmente).

Valorizar profissionalmente, ou seja, fazer uso deliberado da valorização para ter crescimento profissional na base é fazer propaganda (de preferência usando estratégia de guerrilha), você precisa mostrar o que você fez/vai fazer. É o post passado, dêem uma lida!

Entendem o que eu quero dizer? Valorizar está para ter reconhecimento assim como beber cerveja para ir ao banheiro, é natural. Ninguém vai saber que você foi o projetista por traz do iPod se você não contar, capiche?!