Segundo Confúcio a única coisa que devemos temer é o medo em si e nada mais.
Esse ensinamento ocorreu-me ao final do ano passado (2006) quando eu lia diversas publicações sobre as metas e o cumprimento do planejamento de empresas e empreendedores. Nessa ocasião questionei-me sobre o fracasso e consequentemente, o MEDO.
O medo é o pai da ansiedade e da paralisia. É ele quem nos faz sentir os pés pesados e o ânimo abatido. Mas é ele também quem nos controla e faz pensar antes de tomarmos algumas atitudes. Quanto maior a responsabilidade da pessoa, maior seu refreio frente ao medo. É comum ouvir que empreendedor é aquela pessoa cuja coragem para inovar e arriscar não tem limites. Na minha opinião, esse é o idiota!
O empreendedor é a pessoa capaz de lidar com o próprio medo, domá-lo e canalizá-lo para benefício próprio. Empreendedor não dá um passo sem saber que o chão a frente é firme, ou ao menos sem ter algum indicador de que há chão à frente.
Empreendedores de sucesso tomam decisões que impactam dezenas ou centenas de famílias (empregos diretos). Só os irresponsáveis deixam de pensar no “e se der errado?”.
Já falamos sobre isso algumas vezes, estamos todos no mercado visando o lucro. Quem mora alugado quer comprar casa própria, quem está noivo quer casar e quem já casou quer filho (ou amante, varia de caso a caso). Não conheço empreendedor que saia por aí jogando dinheiro fora sem querer algo em troca, você conhece? Responsabilidade social tem retorno positivo para a imagem da empresa frente a comunidade e ainda é dedutível do IR.
O Medo é também um dos muitos pais da valorização, é ele quem nos faz vender dificuldade para a realização de tarefas (medo de não conseguir fazer). É ele quem nos faz alardear a virada de noite (medo de não ser reconhecido). É ele que nos faz executar coisas que não gostamos ou a aceitar situações que contradizem promessas que nos foram feitas (medo de perder o emprego).
Pense um pouco nas ocasiões em que você, voluntariamente ou não, fez uso da valorização. Vá a fundo e veja se o que te motivou, lá na raiz, não foi o medo de alguma coisa ou da reação de alguém. Lembre-se que a valorização é frequente no meio corporativo, mas há splashes em nossa vida pessoal em que ela aparece.
Que tal experimentar domar seus medos? Enfrentá-los de peito aberto e convertê-lo em algo produtivo pró-vida?