quinta-feira, janeiro 11, 2007

The Wall Street Journal (WSJ)

Parece piada, mas eu nunca fui fã do WSJ até que, recentemente, resolvi adicioná-lo aos meus feeds. Já de cara gostei de um artigo que trata das ferramentas de comunicação moderna. O autor valoriza a incrível capacidade que Genghis Khan teve de governar metade do mundo conhecido usando apenas bandeiras e homens a cavalo. E questiona como as empresa globalizadas, com todas essas ferramentas de comunicação modernas, conseguem fazer um trabalho tão porco?

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Ele discorre sobre o assunto do mal uso das ferramentas de comunicação e de como nós não nos dedicamos a realmente aprender a utilizá-las acreditando que alguém, lá de TI, vai saber usar para nos ensinar. Só que lá em TI a turma que “sabe usar” espera que você siga os mandamentos do amigo KreK, RTFM! Alguns gerentes, ainda, acreditam que contratando pessoas novas (jovens) eles terão mais facilidade no uso dessas ferramentas, afinal, “essa geração nasceu on-line”.

O seguinte ponto foi levantado: se e-mails trafegam pelo “ar” a velocidade da luz e nossos cérebros e dedos não conseguem trabalhar em velocidade semelhante (nem de perto, diga-se de passagem!), como dar conta de eventos que passam a ser medidos em milisegundos? Como saber se você deve responder aquela mensagem que acabou de receber? Vai que após apertar o SEND, alguma coisa que muda tudo acontece e você fica com cara de idiota?!

Então o amigo autor postula algumas sugestões de como utilizar as ferramentas de comunicação moderna que, prontamente, recordaram-me um e-mail que recebi há tempos como regras claras da boa utilização do e-mail (quem deve estar no campo To:, no Cc:, como preencher o Subject: entre tantas outras dicas), vejamos as sugestões do amigo autor:

  1. O fato de que você PODE responder uma mensagens em segundos, não quer dizer que você DEVA;
  2. Se você insiste que a pessoa deve estar disponível 24x7 para lhe atender, rapidamente você começará a receber respostas mal humoradas, principalmente aquelas enviadas remotamente do saguão do aeroporto;
  3. Quanto mais impessoal for o meio de comunicação, mais importantes são os detalhes de humanidade que devemos importe a ele. E isso não acontece por acaso, precisa ser pensado!
  4. Nada – ainda mais se criado pelo Homem – deixou de ser utilizado para o mal da mesma forma que foi utilizado para o bem, fique atento!

A pergunta final do texto, é óbvio que eu só peguei as partes mais baratas para tratar aqui, e que foi aquela que me “conquistou”: PRA QUE NOS DERAM O CAPS LOCK SE NÃO DEVEMOS UTILIZÁ-LA AO DESTACAR UM PONTO?

O autor descorreu profundamente sobre o impacto da "impersonalização" da comunicação com o uso do e-mail e instant messaging e reforça que pesquisas realizadas nos últimos anos mostram que o contato pessoal (por telefone ou em reuniões) torna as negociações menos áridas e o BATNA mais fácil de ser atingido.

Um complemento meu ao artigo do WSJ:

Senhores gerentes e líderes, lembrem-se que fazer negócios é uma questão pessoal. Você depende do bom humor, da motivação e da dedicação das pessoas que compõem sua equipe para atingir as metas e ganhar dinheiro (não é disso que você está atrás?).

Colaboradores infelizes (e eu não estou falando só de ambiente de trabalho e salário) não se dedicam plenamente a suas tarefas, não ficam motivados com os desafios. Não é falta de vontade ou má gestão/liderança, o cara simplesmente está com problemas em casa e não consegue pensar em outra coisa.

Gerentes controlem seus ímpetos de fúria, um ataque de raiva ou frustração vindo do nível hierárquico superior, na verdade de qualquer nível, atrapalha ainda mais o trabalho da turma e, com isso, sua raiva ou frustração vai aumentar, o efeito negativo do próximo ataque será ainda mais destrutivo e lá vamos nós ladeira abaixo.

Por que eu estou falando isso, por que não adianta nada dar um berro dizendo que está uma M.... que é falta de profissionalismo, que precisa ter mais atenção ao que se faz, etc e etc e 30 min. depois enviar um e-mail ou chamara a equipe para uma reunião de damage control.

Alias, reuniões de damage control em geral são pura valorização.

Uma boa política que deixo como sugestão é: “Em lugar de controlar os estragos, que tal não estragar as coisas?

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