terça-feira, agosto 03, 2010

The Replacements

Outro dia eu vi um filme na TV a Cabo (não lembro o nome do filme) e lá pelas tantas do filme um dos personagens fala para o outro “Você é como eu, uma pessoa substituta.”

Na hora, envolvido com o filme, eu não processei a mensagem que foi passada. Mas então esses dias, no escritório, essa frase começou a reverberar na minha cabeça (se eu digo que ela ecoava na minha cabeça, rapidinho aparecia um a dizer que o som ecoa no vazio). A frase em si, e contextualizada no filme, não era nada gritante. Mas presta atenção na força negativa que uma frase dessas tem.

Ser uma pessoa substituta é não ser protagonista, não ser coadjuvante, é ser substituto. Aquele a quem se recorre quando todo o resto acaba (ou falta), é, na divisão, o resto.

Daí eu comecei a me perguntar sobre a motivação de vida de pessoas que se enquadram nesse modelo de vida. A pergunta maior que eu me fazia era: como essas pessoas não entram em depressão constante? Ou será que entram?

Não consigo me imaginar não sendo protagonista na minha vida.

Espera! Como alguém pode não ser protagonista da própria vida? Será possível viver dependente do que acontece ao redor e não tentar mudar aquilo que te incomoda? E se você depende do valor que uma 2ª pessoa dá a você, será possível que não haja uma só pessoa em todo o mundo que olhe para você e te queira perto? Duvido!

Mas se esse é o seu caso, compre um cachorro e seja feliz!

quinta-feira, maio 13, 2010

Mudanças e Inconstâncias

“O que somos é consequência do que pensamos.”

A frase assim é de Buddha, cara esperto ele. Tem um outro que eu gosto muito, um tal de Dalai Lama que disse:

"A essência de toda a vida espiritual é a emoção que existe dentro de você, é a sua atitude para com os outros."

Verdade seja dita recebi essas frase de um post do "Decida Ser Feliz". Mas também é verdade que alguns posts caem na cabeça como uma bigorna. Era, talvez uma daquelas mensagens que eu precisava receber.

Fato é que, as vezes, só as vezes, me pego com um sentimento bobo de arrependimento de decisões ou ações já realizadas. Uma coisa que não chega a ser ruim, mas me coloca em uma posição muito deprimente de inveja (branca) de alguns amigos queridos e de outros nem tão queridos assim.

Fato é que, dizem, a inveja é algo que "faz parte" do ser humano. Eu prefiro não acreditar nisso. Gosto de pensar que a inveja surge em momentos de baixa estima. Inveja pra mim é fruto do medo.

Isso, medo! Medo de não conseguir conquistar o que outro conquistou.

  • uma boa esposa;
  • um bom emprego;
  • sucesso profissional;
  • um carrão;
  • filhos;
  • viagens;
O que mais?

Outro desses loucos pensadores disse:

"Não há nada a temer, senão o medo em si."

Acredite se quiser, esse eu aprendi vendo StarTrek e é de Confúcio. E nesse pensamento que eu tento me pegar quando entro nessa bad trip se estou com medo de alguma coisa, o que me assusta? Que medo é esse?

Eu sei qual é o meu medo e estou enfrentando-o, você sabe qual é o seu? E o que você faz para confrontá-lo?

O que eu estou fazendo para enfrentar meus medos? Fácil, estou mudando. Adaptando-me a inconsistência universal. Seguindo o Livro dos 5 anéis (Miyamoto Musashi), tudo passa! O medo também passa.

Passou!

quarta-feira, março 17, 2010

Vivendo e Aprendendo

Tem dias em que os dias demoram muito a passar. Tem dias em que os dias passam rápido demais.

A despeito da mensagem acima, hoje é um dia interessante na minha vida. Eu que sempre me gabei de conseguir ler a reação das pessoas e acompanhar os movimentos corporativos e antecipar o fluxo das coisas, hoje fui surpreendido.

O bom na situação de hoje, é que percebi claramente que dentro da estrutura corporativa formou-se uma parceria pura que de fato joga em modo win-win e não no modo caracu. Há muito tempo (anos) não sei o que significa isso e fui surpreendido novamente.

Ao observar isso, fui empurrado à observação do lado contrário de tudo que escrevi nesse blog até hoje. #quesusto

Pela primeira vez eu vi acontecer uma parceria real dentro de uma equipe, pessoas hierarquicamente equivalentes trabalhando juntas e jogando aberto pró-resultado. Sem rixa nem disputas idiotas por visibilidade dentro da organização. Verdade seja dita, eu não consigo prever a forma como a organização vai entender essa parceria, mas ela é produtiva e o resultado está se mostrando claramente.

Uma pessoa normal pensaria: Gente, mas não é isso que qualquer empresa espera das equipes?

Daí eu, pretenso entendedor, respondo: Sim e não!

Verdade seja dita que as organizações esperam por isso sim, mas não estou seguro se valorizam isso. A observação mostra que a valorização aqueles que aparecem mais, aqueles que se destacam. Há um provérbio que diz: O prego que se destaca, sempre é martelado, será? Sei não!

É por que esse provérbio pode servir pra mobília, mas para o mundo corporativo atual, acho que ele caducou; tomara que não! Seria ótimo construir uma equipe com o nível de coesão que eu estou vendo nesta que mencionei. Tenho certeza que uma equipe sem rixas, sem disputa por atenção ou visibilidade, produz mais.

quinta-feira, janeiro 14, 2010

Confiança e Produtividade

É interessante observar as pessoas falando da importância de sermos honestos, de falarmos a verdade e blá blá blá, estava revendo (acho que pela milionésima vez) o filme Cruzada e,como sempre, o “Juramento do Cavaleiro” me arrepiou, futuquei no Google até encontrá-lo:

Não demonstre medo diante de seus inimigos.
Seja bravo e justo para que Deus possa amá-lo.
Diga sempre a verdade mesmo que isto o leve a morte.
Proteja os mais fracos, e seja correto!

Pode me chamar de romântico, mas pra mim isso é importante. Lógico que essa parte de “até a morte” é um pouco drástica, mas vale o conceito. Vamos tentar traduzir esse juramento para os tempos modernos:

Enfrente os desafios que a vida lhe impõe de cabeça erguida.
Seja firme de justo para que sua equipe o siga.
Diga sempre a verdade mesmo que isto complique a sua vida.
Proteja os mais fracos, e seja correto!

Não me parece ruim, na verdade, parece muito com o que eu espero ver de um líder: Coragem, Honestidade e Garra. Mas a verdade é que eu tenho observado, já há algum tempo, o oposto: Covardia, Dissimulação e Fraqueza.

No universo de uma equipe tende a gerar um ambiente de conflito onde as pessoas são incapazes de construir juntas por não conseguirem confiar uns nos outros, não preciso desenhar o quão isso é ruim para a empresa.

Empresas são compostas de equipes, que por sua vez assumem que as pessoas trabalham em colaboração para atingir um objetivo único, mas sem confiança mútua, não há como colaborarem entre si, já que o sentimento é sempre de que um vai passar a perna no outro. Mas toda equipe tem um líder e cabe a esse líder impor ordem a casa. Ele deve perceber o clima de desconfiança e buscar a solução do problema. Um bom indicador de que esse problema existe é o fato dos membros da equipe estarem falando mal (não digo criticando) uns dos outros pelas costas, será que é tão difícil perceber?

Equilíbrio!

Semana passada, fui à festa de formatura de uma prima, fazia tempos que eu não ia a uma festa de formatura, bom demais! Eles fizeram uma coisa legal criaram caricaturas dos formandos e montaram uns banners para que escrevêssemos mensagens para eles, tipo cartão gigante. Embora não seja inovação, é bastante criativo e interativo. Eu fiquei lá observando as pessoas lendo e escrevendo mensagens e tal. Na verdade eu estava esperando a inspiração chegar, afinal, diria Alcione (ecoado por Diogo Nogueira):
“Não, ninguém faz samba só porque prefere
Força nenhuma no mundo interfere
Sobre o poder da criação”
Então a luz que chega de repente, chegou! E fui ao banner escrever e lá eu escrevi:
“Priminha querida, parabéns por essa conquista, sucesso na sua carreira. Mas lembre-se que o mais importante de tudo é o equilíbrio, portanto, se beber não caia.”
Meio sério, meio brincadeira o recado é válido! Tenho visto muita gente saindo da faculdade e se enveredando no mundo corporativo com toda a energia, deixando de lado a vida pessoal por que precisa ganhar dinheiro rápido. Todo mundo precisa ganhar dinheiro, o mundo gira em torno disso, mas não pode ser só isso. Precisamos entender a diferença entre necessidade e prioridade.

Não estou aqui pregando a cultura de subsistência, ganhar para comer e pagar as contas, ao contrário, falo de por (ou impor) limites à vida profissional, disciplinar a rotina diária, criar tempo de qualidade para si mesmo. “VIVER!” Era essa a palavra que eu estava procurando...

Gente, sejamos mais produtivos no horário de trabalho e criar mais espaço para Viver a vida.