quarta-feira, agosto 13, 2008

Fight Time

Esses dias tem sido complexos, as pessoas têm que cobrado publicações aqui no Blog ao mesmo tempo em que eu começo um novo projeto. Mas enfim a iluminação surgiu de onde menos eu poderia esperar, um amigo me ligou fulo da vida por questões de relacionamento profissional. Ele percebeu (e tenho outros amigos na mesma situação que ainda não perceberam) que seus superiores hierárquicos não reconhecem o esforço daqueles que contribuem para o todo e que não compreendem a crítica deles como tentativas de melhorar os resultados, daqueles que tem espírito de liderança.

Essa postura é mais comum de se encontrar no mercado corporativo atualmente do que eu poderia imaginar. Vivemos em um universo que cultua a precisão e os processos certificados ao mesmo tempo em que aponta para os executivos criativos e inovadores como aqueles que revolucionam o mundo, que devem ser seguidos como gurus. É, acredito, um momento de transição. Estamos tentando aprender a dirigir na reta e a olhar além da curva (isso foi profundo, alguém anotou?).

A verdade é que, como para tudo no mundo os pesquisadores das universidades norte-americanas já criaram um paradigma ou pelo menos um nome para essa mudança de postura.Segundo alguns, trata-se da diferença entre ser um Gerente e ser um Líder.

O líder compreende que não basta apenas o resultado individual, o objetivo real é o resultado global e para isso é importante que os pares se ajudem. Será que isso é tão complicado assim? “Uma andorinha não faz verão” esse dito é mais velho do que todos os executivos ativos na atualidade.

O líder é flexível e entende seu papel de guia e suporte, vê claramente que o resultado vem da soma, da colaboração entre as pessoas.

Por outro lado o gerente, ah o gerente! Esse é o cara que adora cronogramas e tem neles o guia da vida, é o cara que acredita que a competição interna é o melhor para os negócios. É o retardado que só consegue enxergar a data de entrega e que não aceita contribuição da equipe. Aquele que pra não dizer que nunca ouve a equipe, sempre encerra a discussão com uma variação educada de: “Ouvi o que você disse, mas ignorei, vai lá e faz do jeito que eu mandei!

Tenho um amigo cujo chefe (um ‘ótemo’ gerente) gere uma empresa em operação há 2 anos e ainda sem faturamento. A toda oportunidade que tem, inferioriza sua equipe que, por ser mais jovem do que ele, está associada em sua mente torta como inexperiente. O detalhe é que esse meu amigo tem uns 5 anos de experiência em mobile, um mercadode 8 anos. Ou seja, o cara é sênior nesse mercado. Se esse gerente tivesse a coragem de ouvir a sua equipe, seguro que já teria algum faturamento em caixa.

Outro belo exemplo é um outro amigo me ligou desesperado pois em sua avaliação de desempenho (que é top-down) teve que ouvir a seguinte frase: “Você é um cara muito bom, acredito que você é capaz de gerar muito em negócios para a empresa, mas como você desperdiça seu tempo ajudando os outros, vou ter que te dar uma avaliação negativa!”.

O amigo Alemão agora diria: VTNC!

Lógico que deixar de cumprir o seu para ajudar o outro é ruim, mas não é pior do que não ajudar o outro. Um gerente que valorize essa postura precisa ler o texto abaixo que trago do artigo de Stan Truskie,Ph.D. Presidente da MSD Leadership Consultants Inc.

They are very organized individuals who value orderliness and predictability. They favor rules and procedures to ensure that orders from the top are followed through to the lowest level. Their mentality is that managers think, workers do (as they are told)….an idea generated by the father of management science, Frederick W. Taylor during the early 20th century. This approach worked fine back then, during the early US industrial economy. But today, things are quite different. We are now living and working in a knowledge economy.

Mais uma citação, dessa vez de Michael Beck, Presidente da Exceptional Leadership:

Effective leadership is a function of both individual competencies and organizational culture. What are some signs that leadership isn’t as effective as it could be? There are a number of them. They are indications that something is missing in the leadership equation.
>    Inability to Motivate People
>    Difficulty Attracting/Retaining the Right People
>    Low Productivity
>    Poor Customer Orientation
>    High Stress
>    Isolation
>    Declining Profits
>    Ineffective Delegation
>    Lack of Creativity
>    Lack of Initiative
>    Ineffective Teams
>    Poor Communications
>    Lack of Vision
>    Diminishing Revenues
>    High Turnover

Moral da história: Gerentes, modernizem-se!