segunda-feira, janeiro 08, 2007

Happy Hour

Para encerrar a seqüência de atitudes valorizatórias de fim de ano, falemos brevemente dos eventos dos diversos eventos que são realizadas para reunir clientes e parceiros e festejar as realizações do ano que se encerra. Basicamente, são eventos para valorizar a relação com os clientes, os parceiros e o ano que está se encerrando.

No ímpeto de manter contato com alguns amigos, atendi a um happy hour de fim de ano de uma empresa, ao qual não fui convidado (manja penetra?). No evento, encontrei com pessoas com as quais não falava há mais de ano (isso não pode acontecer!) e conheci pessoas que, espero, tornem-se amigos daqui por diante.

O Happy Hour foi, digamos, uma vitrine de valorizações. O evento começara por volta de 20h30min e pouco depois das 22 levanta-se o primeiro valorizador e, com a formalidade que lhe é devida, alardeia: "Senhores, boa noite, vejo vocês no trabalho amanhã." Inicialmente, como a figura estava acompanhado de sua namorada, pensamos com nossos botões (alguns comentaram em voz alta até): "É, ele tem coisa melhor a fazer do que ficar aqui com esse monte de macho bêbado...".

Foi então que um dos bebuns ali presentes, fez a pergunta mortal: "Ué, mas já vai?"

Para perguntas com essa, há sempre uma resposta valorizatória e outra simplese direta. Ele poderia ter respondido: "É, vou sim, nos vemos amanhã." ou qualquer coisa parecida com isso.

Pausa para respirar... Muita calma nessa hora! Bola levantada na linha de 3 metros, atacante vem do fundo para cortar e...

"É, tenho que trabalhar ainda!"

Naquele momento eu, já bêbado, pois bebia com o amigo Funny desde as 19h, vi a luz! Fora um momento de valorização gratuita e, obviamente, desnecessária. Fiquei sóbrio!

Olhei para o amigo e leitor deste blog que estava a minha frente e disse: "Ele vai por blog!", acho que ele não acreditou em mim e aqui estamos, vamos analisar essa valorizada clássica.

O Contexto

Estávamos todos juntos em um ambiente de bar, acho que ninguém falava de coisa séria. Afinal, avistamos uma morena que já havia tirado o fôlego de quase todos na mesa e a aposta para quem chegaria nela ainda não tinha vencedor (e daí que o namorado a acompanhava, 100 dólares pagam os curativos, não paga?). Todos na mesa conheciam-se, a maioria trabalhava junto ou era cliente da empresa que promovia o evento, ou seja, estávamos todos em casa.

A Valorizada

Não vou nem duvidar que o cara realmente tivesse trabalho a fazer – isso seria muito deselegante da minha parte – entretanto, ao alardear que estava se ausentando para ir trabalhar, a mensagem que ficou foi algo como: "Estão vendo como eu sou dedicado e esforçado?", tanto pior, pois o gerente da figura estava à mesa conosco e, foi o primeiro a dar-lhe uma zoada.

No final das contas decobri que o "trabalho" em questão era fazer social com o diretor cuja festa de aniversário era naquela noite, mas mesmo assim...

Um comentário:

Hilário disse...

HAHAHA Excelente, achei que não fosse mais colocar o POST :) muito bom!!!!