domingo, junho 17, 2007

L.W.V.

Eu sei que todos já estão de saco abarrotado da versão “pensadora” do Edu, então, agora que eu já tenho tempo de casa nova, podemos começar a contar os episódios valorizatórios dessa nova trupe à qual integro.

Comecemos com um exemplo clássico de valorização que eu, de fato, havia me esquecido por completo, o L.W.V. – Last Word Valorization.

Valorization, pra quem tem dificuldade com inglês, é a versão anglo-saxônica da palavra neolatina valorização. Muito embora eu não a tenha encontrado em qualquer dicionário de língua inglesa, quero ver quem vai me criticar por esse neologismo em um idioma que transforma Flip e Flop (ruídos quase utilizáveis como crazy sounds no celular de alguém) em palavras corriqueiras. Sigamos...

Aqui na casa nova há poucos profissionais bem treinados na arte da valorização, estou tendo um trabalho grande para capacitá-los a contento do que o mercado exige. Lembrem-se do que disse em posts muito antigos (de uma galáxia muito distante): Valorização é como a Força dos jedis, há o lado negro e o lado branco. O lado branco é bom, o negro é ruim!

Mas há aqui, uma figura excepcionalmente apta e habilitada na sub-arte (não é sub de “inferior”, é sub de “estar incorporada a”, como em “sub-conjunto de”. Entendeu João?) do LWV. O LWV Master (começou em inglês vai até o final) é o equivalente do He-Man no universo da valorização, sem a tanga ridícula (espero!). Eu deveria ter usado a She-Ha como exemplo... foi mal Hilário!

Ah lógico, embora o nome seja auto-explicativo, sempre cabe a dissecação do objeto para clarear a lucidez dos casos veroSímios por ventura serão narrados. Entendeu João?

Last Word Valorization (a.k.a. LWV) é a atitude valorizatória tomada por um indivíduo ou grupo de indivíduos que: face a uma afirmação, informação ou ação tomam o cuidado deliberado de, na totalidade absoluta dos casos, ter sempre a última palavra. Na maioria desses casos a última palavra tende a ser a concordância ou aprovação de algo onde sua opinião não cabia ou era irrelevante.

Há um post antigo que eu chamei - se bem me lembro – de Valorizar ou Calar. Naquele episódio, eu tratei de uma situação onde o valorizador atuava quando não devia. Neste caso, estamos falando de alguém que quer ter sempre a última palavra, não importa o assunto ou o valor agregado por sua intervenção (que na maioria das vezes é nenhum!).

Você consegue imaginar, mesmo que vagamente, o que acontece em uma reunião onde há duas (só duas que é pra não complicar muito) dessas pessoas? Qual a probabilidade de essa reunião ser produtiva e de acabar algum dia?

O interessante em pensar sobre uma situação dessas é ver que inevitável e inequivocamente (hoje estou usando palavras difíceis – isso também é valorizar) todos nós já usamos o LWV, ainda que involuntariamente ou até inconscientemente.

Mas a valorização é isso, ela flui normalmente do âmago do ser humano e faz dele um defensor do universo (ou um capanga do Esqueleto).

Juro que eu não ia pôr essa última foto, mas eu nao me contive....

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