domingo, abril 27, 2008

O mundo vai ser Borg...

Antes de começar a ler esse post é importante que conheça a raça Borg. Não me venha dizer que você não esperava que esse blog recorresse a ficção científica para analisar um assunto! Fico chocado, que tipo de Geek você pensa que eu sou? Até que demorou!

Muito embora esse post comece com um nivelamento de conhecimento sobre cultura Trekker, falarei aqui sobre inovação. Na verdade sobre cultura de inovação – não sei se cultura inovadora seria um bom termo. Tenho recebido e lido diversos artigos sobre inovação e as mudanças que as empresas têm sido obrigadas a realizar em suas estruturas hierárquicas e em sua cultura para conseguir suportar a realidade do século XXI.

O processo evolutivo que prega a sobrevivência do mais apto, que valia para organismos vivos e para organizações no século XX adaptou-se para sobreviver, irônico não? Agora alguns especialistas afirmam que, no mundo corporativo, rege a regra da “sobrevivência do mais inovador”, a discussão sobre essa mudança semântica é retórica e inútil, então vamos deixá-la de lado e seguir com o que interessa.

A estrutura organizacional que atualmente é vendida como a estrutura ideal para viabilizar inovação, é a dita estrutura horizontal ou a Organização Horizontal:

Organização Horizontal

Organização com um número reduzido de níveis hierárquicos, resultado de uma pressão crescente para que as grandes estruturas burocratizadas se tornassem flexíveis com vista a dar respostas mais eficazes e mais exigentes. As vantagens de uma estrutura deste tipo são o aumento da rapidez da tomada de decisão, maior flexibilidade e a criação de um ambiente organizacional propício à criatividade e envolvimento pela proximidade entre a gestão e os níveis operacionais.
Fonte: http://eden.dei.uc.pt/

Em uma estrutura horizontal, montada visando o estímulo da criatividade e do processo de inovação, é importante que as pessoas conectem-se umas as outras como nós de uma teia. É através dessa teia de comunicação e compartilhamento de conhecimento e informação que o processo criativo é amplificado e convertido uma fonte constante de inovação.

No passado, no século passado, a genialidade e brilhantismo de uma única pessoa era capaz de gerar inflexões positivas nos resultados de uma organização. Hoje isso não é mais verdade – embora um ser brilhante colabore muito com o resultado do todo – é o compartilhamento, a divisão que traz o fator multiplicador. É a capacidade de unir o melhor e cada nó de sua teia e de usar o ruim como elemento de melhoria que separa e diferencia o sucesso do fracasso e que alimenta a inovação.

É nos conectando uns aos outros como os Borgs, mantendo uma comunicação clara e direta, compartilhando nosso conhecimento e experiências é que seremos capazes de gerar inovações reais.

Então, como eu disse, o mundo vai ser Borg!

Ou será que vai ser Cylon?

O que você acha?

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