sexta-feira, março 30, 2007

Sucesso

Recentemente me vi abalroado por uma afirmação real, embora estranha. Ouvi um executivo afirmando que seu prazo para atingir o sucesso está acabando.

Eu nunca havia pensado sobre o “prazo para o sucesso”, na verdade eu fui lançado a pensar seriamente sobre o que é sucesso pela primeira vez. Não é a toa que a frase foi proferida por um executivo, alertado por um investidor profissional. Ter prazo para atingir o sucesso, seja lá o que for entendido como sucesso, é valorizar ou não é?

Uma reflexão: Quem é você? O que você quer? A quem você serve? –sempre quis fazer essa pergunta a alguns dos meus leitores e nunca tive a oportunidade, responda nos comentários do blog.

No meu entender, sucesso é definido a partir da personalidade de cada um. Na verdade, sucesso significa atingir um objetivo. Feliz ou infelizmente há pessoas cuja personalidade os coloca na situação de que buscar a aceitação de terceiros, e quando o objetivo é ser aceito por terceiros, o fracasso é certo.

É muito comum questionarmos as pessoas sobre seus objetivos de curto (1 ano), médio (3 anos) e longo prazo (5 anos), mas esquecemos de questionarmos sobre seus objetivos de vida. Quando você estiver velho, com, digamos 70 anos, vai querer olhar pra traz e ver o que?

Há pessoas consideradas executivos de “quase-sucesso”, e esses casos são tratados com desdenho maior do que aquele dedicado aos fracassados. Alias, fracassado é um termo que me desagrada em muito ele gera um clima de “o sujeito não fez tudo que deveria ou poderia ter feito” ou “ele não fez nada” e isso não é necessariamente verdade. A diferença entre sucesso e fracasso pode ser devida ao esforço das pessoas, mas há também as escolhas e decisões de cada um. É comum ver uma situação negativa surgir por uma decisão mal pensada ou por interferências externas as quais não somos capazes de controlar.

Julgar sucesso e fracasso é uma ação que, em geral vem do “mercado”. Tudo que se vê é um julgamento externo de pessoas com ou sem relacionamento pessoal com o “réu” apontando o dedo e dizendo: “Aquele cara manda bem!” ou “Pô, ele quase deu certo!” ou ainda “Coitado, não fez nada certo! Só se ferrou na vida.”.

Será que isso é justo? Alguém olhou a vida pessoal desse profissional, não, nunca! Ao “mercado” só interessa a vida profissional, só importa aquilo que pode ser valorizado (ou desvalorizado).

Ter uma boa casa, qualidade de vida, família equilibrada e todos os objetivos pessoais a que você se propôs, pode ser sinal de fracasso. Legal né? Você tem tudo que sempre quis, tudo que buscou na vida, e o “mercado” te olha e o reconhece como um fracassado. Alias, pode ser pior, você pode ser visto como alguém que quase fez sucesso...

Quem é você? O que você quer? A quem você serve? – essas perguntas estão mais ligadas ao sucesso do que você imagina, mesmo que não as responda com comentários, faça-o internamente.

Obrigado por ter lido até aqui!

Um comentário:

Jongleuse disse...

Ta sumido...